Uma história para vocês refletirem... (não pessoal - contada - real)
Meu marido e eu temos trabalhado como autônomos e realizamos colheitas durante os últimos 12 anos. A maioria das pessoas não sabem o que é isso!
Somos proprietários de grandes maquinários chamados colheitadeiras; necessárias para a colheita de grãos. Alguns fazendeiros têm uma colheitadeira ou duas para realizar o trabalho, outros contratam colhedores para virem e realizarem tal tarefa para eles. Meu marido e eu possuímos várias máquinas, carretas e muitos caminhões de grãos, e fornecemos os trabalhadores no campo para uma colheita rápida.
Voltamos às mesmas fazendas ano após ano, mas esse é um trabalho sazonal. Começamos em Maio e terminamos em Novembro de cada ano. Como não podemos oferecer trabalho o no inteiro, cada temporada começa com novos empregados. Muitos homens vão e vem - da América, Nova Zelândia e até da África do Sul. Viajamos de estado à estado, moramos em trailers, trabalhamos todos os dias que o tempo permite e fornecemos todas as refeições (três refeições por dia, sete dias por semana). Essas pessoas tornam-se uma família. As horas são exaustivas, e ficamos meses sem um dia de descanso, portanto, é fácil nos esgotarmos.
Aqui é onde a colheita e a Mansão de Mentoria se colidem. Devi ensinou o princípio da mesa, e eu chorei durante o ensino todo. Um dos comentários que meu marido e eu fizemos muitas vezes com relação aos trabalhadores que viajavam conosco é: "Por que eles não saem da mesa?". Estamos exaustos. O horário de jantar pode ser meia-noite ou uma da manhã, mas lá estão eles reunidos à mesa. Comendo, rindo, recontando histórias do dia. Perdendo tempo. Tenho de admitir que isso, ás vezes, causou-me grande irritação. Eu pensava: "Eles não podemos conversar quando voltarem para os trailers? Não ficarão juntos o dia todo? Que coisa!".
Foi por isso que eu chorei. Eu sabia que esses homens eram um ministério, mas, às vezes, tive uma atitude muito ruim. Eles não sabiam disso! Eu mantinha o sorriso no rosto, tentava fazer boas refeições e interagir amavelmente. Sempre procurava ser uma boa anfitriã. Os trabalhadores eram tão agradecidos que, de vez em quando, até cumprimentavam de modo exagerado. Faziam com que as famílias me mandassem presentes de sua terra natal, tais como livros de culinária, panos de prato, marcadores de lugar com fotos de paisagens de casa, receitas favoritas; deram-me bijuterias feitas de conchas de sua região, meias de seu time favorito, estatuetas, cartões, e todas as expressões de gratidão. Como pude ser tão cega quanto à importância do meu trabalho?
Também ouvi muitas histórias de cortar o coração, compartilhadas por esses homens, a maioria de 20 anos. Um comentário como sobre ficar com frequência no carro durante a noite toda quando criança, enquanto o pai ficava no bar, receber um refrigerante e um pacote de batatas fritas, e ser deixado lá por horas...Comentários entre eles de como lidaram com o divórcio dos pais.
Quando reflito sobre algumas dessas coisas que esses homens compartilharam ,percebo como a mesa tem sido algo profundo. Quantas fotos tiradas em aniversários em que tentamos fazer algo especial, porque estavam tão distantes de suas famílias. A verdade é que fiquei cansada de fazer isso também.
Desenvolvi uma atitude ruim. Eu pensava: "estou cansada de todo esse trabalho". Estou refletindo sobre um jovem que largou de repente o trabalho este ano. Ele era da Nova Zelândia e tinha, mais ou menos, 25 anos. Ele tinha bebido e meteu-se em apuros. Assim ouvi da "fábrica de rumores" mais tarde. Ele bateu à parta do meu trailer, deu-me dois panos de prato que ele havia pedido para mandarem da Nova Zelândia e disse-me que estava esperando um taxi que o levaria ao aeroporto. Deu-me um abraço, lágrimas rolaram de seus olhos, e ele me disse que eu era a melhor pessoa que ele já tinha encontrado.
"Como podia ser?", perguntei-me. Ele mal me conhecia. Não tínhamos interagido muito. Eu havia preparado suas refeições nos últimos 3 meses. Eu o via (e mais umas 20 outras pessoas) na hora da refeição. O que fez com que ele pensasse que eu era tão boa? Podia ser outra presença além da minha? Uma pessoa que ele não reconheceu, não identificou, mas sentiu. Alguém que o aceitou e amou: o Pão da Presença, o próprio Jesus Cristo!?
Nunca falei isso em voz alta, mas costumava pensar que havia sido rebaixada de padrão. Eu era uma profissional. Passei meus 20 anos trabalhando em um grupo de contabilidade de petróleo e gás para uma grande empresa da Califórnia. Meu marido também trabalhou em outra empresa de petróleo, mas foi transferido para o Kansas. Por causa da transferência, voltei à faculdade e tornei-me enfermeira diplomada. Essa é a profissão que deixei para ajudar meu marido a fazer o que ele ama: colheita. Agora minha tarefa é ser assistente dele. Tenho trabalhado para apoiá-lo, não percebendo a importância do que faço. Foi o que Deus me revelou durante esse ensinamento do princípio da mesa. Eu esforçarei para lembrar-me de que é para Jesus que eu cozinho, e sempre O convidarei a vir à mesa.
Pense e reflita!
Deus te abençoe!
A Paz do Senhor o/
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